Folha de S. Paulo: Base se nega a dar apoio a pacote fiscal, e Dilma recua

|Brasil em crise| Planalto cogita diminuir vigência da CPMF de quatro para dois anos

No dia seguinte ao anúncio do novo pacote fiscal, Dilma Rousseff reuniu-se com congressistas aliados para convencê-los a aproválo, mas não teve sucesso.

A base da presidente criticou a ideia de recriação da CPMF e discorda da perda da autonomia dos deputados e senadores na destinação de emendas para obras em seus redutos eleitorais.

Efeito da reação negativa, o Planalto se disse disposto a reduzir a vigência da CPMF de quatro para dois anos.

Além disso, o governo sinalizou que recuará na proposta de usar as emendas parlamentares para cobrir o corte de R$ 3,8 bilhões em obras de infraestrutura.

O tom conciliador deve-se à necessidade de apoio no Congresso, de cuja aprovação dependem 15 das 16 medidas destinadas ao ajuste.

Em uma das reuniões, porém, Joaquim Levy (Fazenda) discutiu com o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que então sugeriu ao ministro “tirar férias”.

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