O líder do PDS, Rogério Rosso (DF), confirmou na manhã desta segunda-feira (11) que vai concorrer à presidência da Câmara. Apesar de ser um dos nomes mais cotados, ele vinha mantendo discrição sobre o assunto, afirmando a necessidade de se buscar um consenso.
Esta manhã, contudo, disse ter recebido aval da família para lançar sua candidatura. Além disso, afirmou que nas últimas horas, ao longo do fim de semana, foi bastante procurado com pedidos de que concorresse à vaga.
“A unidade não está sendo possível. Ao mesmo tempo, a quantidade de manifestações nas últimas 48 horas foi muito grande. O consenso está sendo buscado.”
Rosso tem o apoio do chamado “centrão”, bloco criado para apoiar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao cargo na última quinta-feira (8). Embora o líder do PSD negue qualquer relação, seu nome é o favorito do peemedebista para a sucessão da Casa.
Enquanto aliados dele queriam acelerar o processo, o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), quis deixar a eleição para quinta (14). No domingo (10), após ser convencido por interlocutores de Michel Temer, o pepista concordou em convocar o pleito para quarta (13).
A candidatura de Rosso tem a intenção de desidratar ou levar a desistência de outros candidatos do centrão, que tem evidenciado um racha na base de apoio de Temer.
Nesse grupo, já há confirmadas, por exemplo, as candidaturas do segundo-vice presidente da Casa, Giacobo (PR-PR), e do primeiro-secretário, Beto Mansur (PSB-SP).
O principal adversário de Rosso, contudo, é um outro adversário da base do governo, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele tenta se colocar como opção a candidatos apoiados por Cunha e costura acordo com o PT e demais partidos de esquerda.
A eleição na Câmara é secreta. São necessários os votos de 257 dos 513 deputados para se eleger em primeiro turno. Caso contrário, a disputa vai para o segundo turno e vence o mais bem votado.