Com exceção do PP, os partidos políticos concluíram no início da tarde desta quinta-feira (17) a indicação dos deputados que devem compor a comissão especial que irá discutir o pedido de impeachment.
Ao todo, 24 partidos têm o direito de indicar deputados para a comissão, na proporção do tamanho de suas bancadas na Câmara. O colegiado terá 65 vagas. Na Câmara, há 513 deputados.
A chapa definida pelos líderes partidários irá a voto ainda na tarde desta quinta no plenário da Câmara. Como definiu o Supremo Tribunal Federal, não haverá chapa concorrente e a votação será aberta. Caso essa chapa seja rejeitada, o que é considerado pouco provável, nova chapa deverá ser indicada pelos líderes das bancadas.
Ainda nesta quinta deverá ser eleito o presidente e o relator da comissão. Governistas estão tentando fechar um acordo para emplacar o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na presidência e Rogério Rosso (PSD-DF) na relatoria.
Jovair é um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é adversário declarado do governo. Rosso tem bom trânsito com todos os partidos e é ligado ao ministro Gilberto Kassab (Cidades), que tem até agora se mantido fiel a Dilma.
A oposição ainda tenta emplacar Rodrigo Maia (DEM-RJ) em um dos postos.
Após ser instalada, o que deve ocorrer nesta quinta, a comissão terá um prazo de funcionamento de até 15 sessões do plenário da Câmara –são dez sessões para a apresentação da defesa de Dilma e mais cinco para a votação do relatório.
A palavra final será dada pelo plenário da Câmara, em votação aberta e com chamada no microfone. O Senado é autorizado a abrir o processo de impeachment caso pelo menos 342 dos 512 deputados votem nesse sentido –Cunha não participa dessa votação.
A previsão é que essa votação ocorra entre a segunda quinzena de abril e a primeira de maio.
Veja os deputados indicados pelos partidos. Os cinco nomes que devem ser apresentados ainda pelo PP serão eleitos separadamente, também nesta quinta.