BRASÍLIA – A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ofereceu um apoio condicional ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na votação dos projetos de ajuste de fiscal. Em uma reunião realizada nesta terça-feira, 5, em Brasília, os deputados deixaram a entender que apoiam o governo, mas querem uma sinalização de que a presidente Dilma Rousseff não irá vetar o projeto de terceirização, uma das bandeiras da bancada. Também pediram o pagamento dos subsídios ao seguro rural que estão atrasados desde o ano passado e, agora, somam uma fatura de R$ 700 milhões.
O ministro teria se comprometido a resolver de imediato. “Ele se comprometeu a resolver essa questão imediatamente. Ele não falou amanhã, mas esperamos que seja depois de amanhã”, disse o presidente da frente parlamentar, o deputado Marcos Montes (PSD-MG).
Montes ainda criticou setores ligados ao PT, partido da presidente, que tem feito campanha contra o ajuste fiscal. “Pedimos a ele essa sinalização de que a presidente Dilma não vai vetar a terceirização, isso iria contra os interesses da nação”, disse o deputado. “Vetar a terceirização para fazer discurso político para algumas entidades dificulta a gente tentar provar e mostrar aos parlamentares que as medidas de ajuste são de fundamental importância para o Brasil”, afirmou.
O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, no entanto, que as medidas de ajuste fiscal tem encontrado “apoio em todas as partes” e que um grupo de parlamentares que participaram do encontro na tarde de hoje entende a importância dessas medidas. Ele ainda repetiu o discurso de que as medidas de ajuste não tiram direitos do trabalhador, mas que existem políticas que precisam passar por correções de distorções para serem fortalecidas.
A Frente Parlamentar ainda entregou ao ministro propostas de interesse do setor, como a expectativa de que o crédito para o setor na próxima safra seja elevado para R$ 220 bilhões; eles também esperam a manutenção da política de juros subsidiados; pediram ainda medidas alternativas de estímulo à captação de recursos para o crédito rural, isentando de impostos captações que fossem feitas no exterior e tivessem o financiamento do setor produtivo rural brasileiro.