O deputado federal por Brasília quer ser uma das alternativas ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que articula para permanecer no cargo
O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), está disposto a manter sua candidatura à presidência da Casa apesar do chamado “centrão” – grupo de 13 partidos liderado por PP, PSD e PTB – ainda estar discutindo prováveis nomes à vaga. Rosso produziu um vídeo de pouco mais de 1 minuto para mandar uma mensagem como candidato diretamente aos colegas. “Temos agora a oportunidade de promovermos juntos as mudanças fundamentais para que o Brasil finalmente volte a crescer”, diz Rosso no vídeo dirigido aos deputados a que o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso.
O deputado federal por Brasília quer ser uma das alternativas ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que articula para permanecer no cargo e já conta com o apoio das principais lideranças do PMDB na Câmara. A eleição ocorre em fevereiro de 2017, e o apoio do PMDB é considerado estratégico para qualquer candidato: além de ser a legenda do presidente Michel Temer, a sigla tem a maior bancada da Câmara, com 67 parlamentares.
No vídeo, Rosso defende uma “Câmara forte, unida e respeitada”. O parlamentar ainda ressalta que, embora a Casa reúna “tantos corações”, com suas diferenças, “o mais importante é que o honrado trabalho no Legislativo federal é, e sempre será, para o Brasil e para a esperança renovar.”
Mais de uma vez no vídeo, Rosso prega união e trabalho conjunto. “Diferenças vamos respeitar e, pra nossa gente realizar, transformar, por uma nação livre, justa e cheia de oportunidades para todos, pela democracia, por nossa Constituição, por nosso povo tão querido, nosso Brasil, nossa missão”.
Em julho, Rogério Rosso tentou presidir a Câmara logo depois que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou ao cargo. Rosso concorreu à vaga para completar o mandato que seria Cunha pelo “centrão”, mas foi derrotado por Rodrigo Maia, por 285 votos a 170. Os dois foram para o segundo turno da eleição depois de obterem as duas maiores votações no primeiro turno.
Daiene Cardoso e Luci Ribeiro, O Estado de S.Paulo