G1 – Globo: Deputados e manifestantes comem pão, queijo e mortadela em comissão

Rosso ofereceu pão com queijo a parlamentares, assessores e jornalistas.

Lanche foi servido na comissão do impeachment após mais de 5 horas de reunião.

Após mais de cinco horas de sessão da comissão do impeachment, pães com manteiga e queijo foram levados na noite desta sexta-feira (8), a pedido do presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), para serem distribuídos a deputados, assessores e jornalistas. Enquanto isso, do lado de fora da comissão, manifestantes e deputado contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff comeram pão com mortadela.

Essa presidência mandou comprar pão com manteiga e queijo, anunciou Rosso. Mortadela também?, gritou um deputado presente à sessão. Uma hora depois, a chegada do pão com queijo foi anunciada. Ao lado da comissão, tem pão com queijo para todos os deputados, os assessores, os jornalistas, os cinegrafistas e fotógrafos que estão aqui, há mais de cinco horas, disse o presidente da comissão. Parlamentares presentes à reunião disseram que também havia mortadela do lado de fora. Manifestantes contrários ao impeachment, que assistem à sessão por uma televisão pequena, vibraram quando foi citada a presença da mortadela. Na semana passada, grupos contrários e favoráveis ao impeachment bateram-boca no Salão Verde da Câmara chamando uns aos outros de coxinha e mortadela.

A deputada Bendita da Silva (PT-RJ) discursou em seguida e disse que não sente “vergonha do pão com mortadela, que, segundo ela, é “presunto de parma” para muitos brasileiros que não têm o que comer. Não me envergonho do pão com mortadela, porque ele faz parte da vida de milhões de pessoas. A simbologia da mortadela vale para muita gente nunca colocou o pé na lama, afirmou.

Deputados discutem e votam relatório

Reunião da comissão do impeachment A reunião desta sexta da comissão é para debater o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que é favorável à continuidade do processo de impeachment. Nas primeiras cinco horas de sessão, deputados governistas saíram em defesa de Dilma, enquanto parlamentares da oposição não pouparam ataques ao governo da petista. Por um acordo entre os líderes partidários, a fase de discussões deverá ser encerrada até 4h da madrugada de sábado (9), independentemente de ainda haver deputados inscritos para falar. A comissão tem 65 integrantes titulares e 65 suplentes. No entanto, mesmo quem não é membro pode falar, desde que tenha se inscrito. Pelas regras, os membros terão direito à palavra por 15 minutos e os não-membros, por 10 minutos. Os deputados favoráveis e contrários discursam alternadamente. No total, houve 118 inscrições na lista de discursos, sendo 72 para falar a favor do processo de impeachment e 46, contra. Dois deputados se inscreveram duas vezes, uma vez para falar a favor e outra para falar contra, o que indica que os eles estavam indecisos ou não queriam anunciar posicionamento no momento da inscrição da fala. O número total de parlamentares para discursar é de 116. Na prática, é permitida a permuta entre os deputados para que possam ceder a vez para outros inscritos mais adiante e, assim, consigam saltar posições na fila. A votação ficará para a próxima segunda-feira (11), a partir das 11h, quando está agendada a sessão.

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