– A presidente Dilma Rousseff tem até hoje para entregar sua defesa à Comissão Especial que analisa o pedido de seu impeachment. Mesmo com a sessão esvaziada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu abrir a sessão em plenário na sexta-feira (1º), penúltima sessão – do prazo de dez encontros – para que os defensores entreguem as argumentações.
Cunha abriu a sessão de sexta de acordo com o número de 61 deputados que haviam registrado presença na Câmara, e não necessariamente estavam na sessão em plenário. Segundo a Mesa Diretora, quando não há votações podem ser consideradas as presenças dos parlamentares que estão no prédio da Câmara para iniciar os trabalhos.
Após a instalação da comissão especial do impeachment, o presidente da Câmara fez um acordo com partidos de oposição para acelerar o processo na Casa.
O objetivo era garantir presença nas sessões todos os dias da semana. Normalmente, os trabalhos são realizados de terça a quinta-feira. É necessário um número mínimo de 51 deputados para garantir o quórum das sessões em plenário.
Com a abertura da sessão plenária de sexta-feira (1º), o prazo para defesa da presidente deve acabar hoje.
Uma sessão extraordinária da Câmara dos Deputados, com votações, que começa a partir das 18h, já está convocada para hoje.
Votação do relatório
Já a reunião da comissão especial para votar o parecer sobre a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pode ter o seu início marcado para a madrugada do dia 11 de abril, disse na sexta-feira (1º) o presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF).
O deputado explicou que o regimento prevê que cada integrante tem o direito de se pronunciar na comissão por até 15 minutos, e podem surgir questões de ordem, razão pela qual a sessão deve durar mais de 20 horas. /Agências