– O presidente da comissão especial do impeachment da Câmara, Rogério Rosso (PSD– DF), negou ontem que a inclusão da delação premiada do senador Delcídio Amaral ao processo que analisa denúncias contra a presidente Dilma ampliará o prazo de defesa.
O caso gerou um intenso debate na reunião da Comissão Especial, ontem no início da noite. Até mesmo defensores do impedimento alertaram para a inconstitucionalidade da inclusão.
De acordo com Rosso, o aditamento foi realizado antes da instalação da comissão especial do impeachment, o que está de acordo com o Regimento Interno. Nos debates Rosso foi alertado que a alteração poderia abrir uma brecha para a presidente Dilma recorrer ao STF. “Foi dado inclusive a ciência desses novos documentos, portanto, vamos focar a denúncia a contento do que a sociedade brasileira exige”, afirmou Rosso.
Agendamentos
Rosso disse ainda que os agendamentos da comissão ocorrerão de acordo com o prazo da defesa – são dez sessões em plenário no total. “Se a presidente usar as nove sessões restantes que possui, o agendamento pode ser um, mas se ela antecipar, pode ser outro.” Sobre o funcionamento do colegiado, Rosso afirmou que planeja que todos os dias em que sejam realizadas sessões no plenário da Casa também ocorram reuniões administrativas ou ordinárias na comissão, o que ainda precisa ser aprovado pelos membros.
Perguntado sobre as possíveis convocações, o presidente da comissão especial do impeachment da Câmara foi categórico e disse que não pretende “transformar a comissão em palco, pois a sociedade não quer isso”. “O povo brasileiro está atento ao que está acontecendo aqui. Todos prestarão atenção naqueles que quiserem protelar.”