Presidente do colegiado que discute o afastamento da presidente Dilma Rousseff negou procedimentos protelatórios
O presidente da comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), adotou procedimentos para agilizar os trabalhos. Os deputados discutem, no início da comissão do impeachment, na tarde desta sexta-feira, o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao afastamento da petista. Estão inscritos 108parlamentares. O texto será votado na segunda-feira (11/4).
Ao iniciar a sessão, Rosso determinou que procedimentos protelatórios, como requerimentos de retirada de pauta, adiamento da votação ou de destaque ao relatório apresentado na última quarta-feira, não serão aceitos. Ele também deixou claro que na votação prevista para segunda-feira, na ausência de um dos 65 titulares, vota o suplente do bloco de votação da comissão.
Rosso negou ainda questões de ordem de governistas. Uma delas, apresentada pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) e subscrita pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) questionava suposto supostos elementos estranhos à denúncia aceita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Não há razão para se substrair qualquer trecho do relatório”, decidiu Rosso.
O presidente do colegiado lembrou ainda que a análise agora é apenas de admissibilidade e que o mérito cabe ao Senado. “Essa comissão não é um tribunal propriamente dito. Estamos em uma fase pré-processual”, disse.
Após acordo acertado em reunião de Rosso com líderes mais cedo, ficou definido que a sessão de hoje se encerrará às 3h da madrugada de sábado. A discussão será retomada às 10h da manhã de segunda e às 17h terão início os procedimentos de votação. Dois deputados de cada lado podem falar e líderes tem 1 minuto para se manifestarem. A previsão é encerrar a deliberação até as 19h.