O líder da bancada, Rogério Rosso (DF), que presidiu a comissão especial do impeachment e votou pelo impedimento da presidente, não discursou
O PSD foi o sexto partido a utilizar nesta sexta-feira, 15, o tempo da legendas em plenário. No primeiro dia de debates do impeachment na Câmara dos Deputados, os cinco parlamentares da sigla que discursaram na tribuna defenderam o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
O tempo de uma hora foi dividido entre os deputados Heuler Cruvinel (GO), Marcos Montes (MG), João Rodrigues (SC), Goulart (SP) e Delegado Éder Mauro (PA). “Golpe é vender sonho e ganhar pesadelo”, disse Rodrigues.
O líder da bancada, Rogério Rosso (DF), que presidiu a comissão especial do impeachment e votou pelo impedimento da presidente da República, não discursou. “Resolvi dividir o tempo do partido e de líder com todos da bancada para dar oportunidade para todos falarem. Falo no domingo”, comentou.
Questionado se alguém da bancada seria escalado para defender o governo, o líder explicou que os defensores da presidente da República se manifestarão amanhã, dia dos discursos individuais
Um dos discursos mais ácidos contra o governo foi do deputado Marcos Montes. O parlamentar rebateu a defesa do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e disse que embora o ministro tenha minimizado o crime de responsabilidade, em sua opinião Dilma cometeu crime contra as contas públicas e deve ser punida com a perda do mandato.
“Há crime de responsabilidade sim. Não há crime pequeno, há crime”, declarou.
Até o momento utilizaram o tempo partidário PMDB, PT, PSDB, PP e PR. Dezenove partidos ainda poderão utilizar o espaço para se pronunciar em plenário.