São mais de 60 requerimentos e questões de ordem no total. Nesta manhã, o colegiado define o roteiro de trabalho
Líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiram nesta terça-feira (29/3), que a comissão especial do impeachment ouvirá ainda nesta semana representantes da defesa e da acusação para formular o relatório de admissibilidade da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff. Com a decisão, membros da oposição e do governo devem sugerir dois nomes cada para as oitivas.
São mais de 60 requerimentos e questões de ordem no total. Nesta manhã, o colegiado está reunido para definir o roteiro de trabalho. Na segunda-feira (28/3), a cúpula da comissão se reuniu com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e com o ministro Luís Roberto Barroso.
O líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA), afirmou que os deputados contrários ao governo pretendem convocar os autores do pedido de impedimento de Dilma, Janaína Paschoal e Miguel Reale. Já o governo pediu mais tempo para a indicação. “Estamos em consenso, chegando a um acordo de que esta semana pretendemos ouvir tanto o lado do denunciante quanto o lado da defesa. Para que a gente tenha esclarecimentos da denúncia e não uma carnificina verbal”, afirmou o presidente da comissão especial, Rogério Rosso (PSD-DF), após a reunião na liderança do PTB.
Apesar de a presidente Dilma ainda possuir quatro sessões em plenário para preparar a sua tese de defesa, o presidente explicou que “as diligências serão apenas para esclarecimentos das denúncias”. Rosso disse ainda que não serão produzidas provas nessa fase, nem serão ouvidas testemunhas. O objetivo é “realmente esclarecer a denúncia”. O presidente da comissão especial disse que há “uma quantidade enorme de requerimentos, que não traduzem a necessidade com o momento conforme foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e conforme o próprio rito do impeachment”