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Ana Maria Campos/anacampos.df@dabr.com.br

Celina ataca Rollemberg

A briga entre a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) chegou a um momento crítico. No plenário, a deputada chamou o ex-aliado de “hipócrita”. Celina reclama de o Executivo ter enviado o projeto que regulamenta o aplicativo Uber e os deputados do PSB, partido de Rollemberg, terem votado a favor da emenda que restringe o serviço, ao limitar o número de carros e submeter os condutores ao crivo do governo. O afastamento se intensificou quando o governador passou a trabalhar contra a reeleição de Celina na presidência da Casa.

Dissidentes

O grupo aliado de Rodrigo Rollemberg na última eleição, formado por Celina Leão (PPS), Cristovam Buarque (PPS), Rogério Rosso (PSD) e Augusto Carvalho (SD), tem se reunido para discutir os rumos políticos do DF. Sem a presença do governador. Um jantar deve reuni-los na próxima semana.

A favor do Uber

A maior parte da bancada governista na Câmara Legislativa está do lado dos interesses dos taxistas, mas o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, não esconde a defesa pelo Uber. No Facebook, o responsável pela política de geração de empregos do governo Rollemberg diz: “Sou defensor desse novo serviço como plataforma de empreendedorismo”.

Refeição completa

Presidente da CPI da Saúde, o deputado Welington Luiz (PMDB), na foto, vai montar uma espécie de delegacia para as investigações. Para começar, o ex-presidente do Sinpol requisitou recursos da Câmara Legislativa para pagar o vale-alimentação de policiais civis cedidos. Na Polícia Civil, o benefício é de R$ 453. Servidores da Câmara ganham R$ 1.084.

Assessor

O deputado Wellington Luiz contará, na CPI da Saúde, com a assistência do delegado Wellerson Gontijo, subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, na gestão de Sandro Avelar.

Uma delegacia na CPI

Ainda na base do reforço para a CPI da Saúde, Wellington Luiz fez uma lista de pedidos à Presidência da Câmara que deixariam qualquer chefe de delegacia com inveja nesses tempos de penúria na Polícia Civil: dois veículos descaracterizados, duas câmeras digitais portáteis com tripé, duas câmeras fotográficas digitais, dois gravadores de som portáteis, quatro aparelhos celulares com linha quota telefônica. Todos os equipamentos e carros serão usados pelos policiais civis que vão trabalhar na CPI. A presidente da Câmara, Celina Leão (PPS), disse que vai garantir todas as condições para o trabalho da comissão. “Tenho certeza que a população vai aprovar a destinação de recursos para a fiscalização do Executivo”, justificou.

Promoção

Policiais civis estão com prestígio com o deputado Welington Luiz (PMDB). O ex-secretário de Segurança Pública, delegado João Monteiro Neto, servidor do parlamentar, acaba de receber uma promoção invejável. Saiu do cargo CL-4, com remuneração de R$ 4.436,04 e passou para o posto CL-15, um dos maiores da Casa, com salário de R$ 14.136,21.

Sozinho

Autor da sessão solene em homenagem ao Dia do Quadrilheiro Junino, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) ficou sozinho no plenário da Câmara dos Deputados, com os jovens que se dedicam a essa atividade da cultura popular. A maioria dos deputados não quis fazer a associação com o nome que carrega uma carga pejorativa, principalmente em tempos de Lava-Jato.

Foro de imóveis

A iniciativa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de questionar a busca e apreensão no apartamento em que o ex-ministro Paulo Bernardo vive com a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) virou tema de comentários de procuradores nas redes sociais. A avaliação é de que Renan quer criar uma espécie de foro privilegiado para imóveis.

Reclamações

A Ouvidoria da Câmara Legislativa recebeu uma enxurrada de ligações de moradores contra as restrições ao Uber. As caixas postais dos distritais, também.

Reclamação nas redes sociais

O deputado Robério Negreiros (PSDB) tem sido bombardeado nas redes sociais por causa de demissões na empresa da família, a Brasfort. Ele responde que os cortes ocorreram por causa de um repactuamento do contrato da prestadora de serviços de vigilância com o GDF. Para justificar, apresenta um ofício assinado pela equipe de Rollemberg relatando a redução. Mas os antigos empregados não ficaram satisfeitos com a justificativa. Alguns reclamam de ter votado em Robério e trabalhado em sua campanha com a garantia de manutenção do emprego. Só neste ano, a Brasfort recebeu R$ 100 milhões em contratos com o governo.

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