Blog Panorama Político – O Globo Online: PSDB e PT juntos contra Rosso

O maior bloco da Câmara, liderado pelo PTB, fechou com a candidatura do líder do PSDRogério Rosso, para presidir a Casa. Afilhado de Cunha e integrante do centrão, ele teria a maioria do PMDB ao seu lado e a simpatia do Planalto. Para impedir que Rosso assuma, formou-se uma aliança informal e furtiva entre PSDB, PT, PSB, PSOL e satélites, para encontrarem um candidato de consenso.

Aposta na divisão do centrão

Os principais dirigentes do centrão decidiram dinamitar a candidatura de Giacobo. Um deles afirma que ele tem o mesmo perfil do presidente em exercício, Waldir Maranhão. Ironizam: ?Não vamos tirar um Maranhão, um Severino (ex-presidente da Casa), para colocar o Giacobo?. Enquanto isso, o bloco do PSDB e o do PT, além de seus coadjuvantes, apostam na divisão do centrão e buscam um candidato de consenso. Neste momento, procuram ganhar tempo. São dois os pretendentes a encarnar essa candidatura: Rodrigo Maia, do DEM, e Júlio Delgado, do PSB.

?Entendo que há nomes melhores que o meu, com mais experiência, mais tempo na Câmara. Temos de buscar um consenso?

Rogério Rosso

Líder do PSD, sobre sua candidatura para a presidência da Câmara

Ira santa

Como se diz ?no popular?, Michel Temer ?soltou os cachorros? ontem. Os líderes André Moura, Baleia Rossi e Giacobo, que presidia a sessão, ouviram. Foi dura a derrota da urgência na votação da renegociação das dívidas dos estados.

Fernando Giacobo | Divulgação

Vai um sanduíche?

Chamado de o rei do baixo clero, o segundo vice-presidente da Câmara, Giacobo (PR), quer ganhar apoio pela boca, segundo deputados. Nos dias de sessões de votação, nos finais de tarde, dezenas de deputados vão à segunda vice-presidência, ao lado do plenário, fazer um ?lanchinho?. Quem já foi diz que ?não faltam sanduíches para acompanhar o café?.

Contra o tempo

O ministro Geddel Vieira Lima entrou em campo. Para aprovar a urgência do projeto da renegociação da dívida dos estados faltaram quatro votos. Giacobo fez uma votação- relâmpago. Perdeu a confiança do Planalto.

A luta pós-impeachment

Candidato ao governo catarinense, o senador Dário Berger (PMDB), que votou pelo impeachment, está irritado. Seu irmão Djalma Berger, que se demitiu quando Temer rompeu com Dilma, não voltou a dirigir a Eletrosul. Acusa o Planalto de favorecer o governadorRaimundo Colombo (PSD) e à família Bornhausen.

A condição

Nas conversas sobre o apoio a candidatos à presidência da Câmara, o líder petista, Afonso Florence, coloca uma condição: o PT aceita pôr para votar o teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência. Mas sem atropelar.

Parceria

É preciso destacar, na notícia em primeira mão da renúncia de Eduardo Cunha, o trabalho de Amanda Almeida. Ela sentiu que havia algo mais no ar do que os boatos de costume. E, após um telefonema, confirmamos a renúncia e o horário.

Na eleição para a segunda vice-presidência da Câmara, em 2015, Giacobo foi candidato avulso. Derrotou o candidato oficial do PR, Lúcio Vale.

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