Blog Panorama Político – O Globo Online: O PP dá o tom

O PP deve fazer hoje o que o PMDB imaginava que faria com sua convenção. O PMDB queria, diziam seus dirigentes, liderar o afastamento do governo Dilma pelas siglas médias (PP, PR e PSD). Isso não ocorreu. O PP sinaliza que a maioria dessas legendas continua com o Planalto. Um integrante da direção nacional do PPS dizia ontem que a destituição da presidente subiu no telhado.

O marketing está em campo

Na batalha do impeachment não há nada por acaso. No cenário de crise econômica, a oposição abraçou a destituição da presidente Dilma. O governo respondeu afirmando que havia uma tentativa de golpe. Impeachment x Golpe. Nas ruas, os que apoiam o governo foram colocados na condição de cúmplices da corrupção. Os da oposição viraram coxinhas, sinônimo de bem-nascidos e inimigos dos pobres. Um lado esgrime a Lava-Jato, e o outro, a ameaça às políticas sociais. Na reta final, o Planalto quer vender que haverá um jogo entre dois times: Dilma/Lula x Cunha/PSDB/Temer. Enquanto isso, a oposição apresenta os deputados governistas como criminosos: comprados ou vendidos.

?Estou deixando o senador Romero Jucá falar há três horas para compensar a reunião relâmpago do Diretório Nacional?

Renan Calheiros Presidente do Senado, sobre a reunião que aprovou em três minutos a saída do PMDB do governo

Aos que estão bufando

Integrantes do governo Dilma defendem que as demissões decorrentes do afastamento do PMDB sejam simbólicas e seletivas. Dizem que rejeitado o impeachment, a base será reconstruída para dar a largada em um novo governo.

Romero Jucá | Ailton de Freitas

Porta-voz de Temer

Num duro discurso ontem, o senador Romero Jucá assumiu a condição de porta-voz do vice Michel Temer. O PMDB concluiu que o vice da união nacional não poderia fazer ataques diretos à presidente Dilma. Por isso, o presidente interino foi escalado para bater e defender o impeachment. Romero afirmou que, se Dilma sobreviver, não terá como governar.

Silêncio na sala

Na acalorada reunião de líderes ontem, na qual o STF foi acusado de ?afrontar? a Câmara, o líder do PSOL, Ivan Valente, reagiu: ?O que fragiliza esta Casa é o STF não decidir sobre o pedido da PGR de afastamento do presidente Eduardo Cunha?.

Um dia depois do outro

Ano passado, quando imaginava que venceria qualquer pleito, o senador Aécio Neves defendia ?Eleições Já?. A Rede, embalada pela liderança de Marina Silva nas pesquisas, lançou a campanha ?Nova Eleição é a Solução?. Ontem, ela foi qualificada pelo senador tucano como ?utópica?.

Incontinência verbal

O presidente da comissão do impeachment, Rogério Rosso, quer reduzir o tempo do discurso dos deputados de 15 para 5 minutos. Quer acelerar o processo. Até quem não é da comissão pode falar. Os líderes não aprovaram a mudança.

Queda de braço

Presidente da Nuclebrás Equipamentos Pesados, Jayme Cardoso é questionado por parcela da diretoria da estatal. Consta que Jayme quer liberar pagamentos à Personal Service Recursos Humanos, citada por um delator da Lava-Jato.

Privilégio. Jovair Arantes, relator da comissão do impeachment, vai ler suas conclusões à bancada do PTB uma hora antes de sua leitura na comissão.

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