Blog da Cristiana Lôbo – G1: Destino de Cunha será decidido em até um mês

Para os mais apressados, uns 15 dias; para outros, até um mês. Esta é a expectativa de parlamentares sobre o prazo necessário para a tramitação do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha até a conclusão com votação em plenário. Em um ponto, a avaliação é comum: Eduardo Cunha não tem chances de reagir e virar o jogo, preservando o seu mandato.

— Ele poderá ter no máximo 50 votos — disse um integrante da Mesa.

Com a cassação iminente de Eduardo Cunha, já está deflagrado o processo de disputa pela vaga. O “centrão”, grupo de partidos que teve Cunha como seu principal líder, quer manter o comando da Casa e tem pelo menos dois candidatos: Rogério Rosso (PSD) e Jovair Arantes (PTB). Os dois são candidatos a um mandato completo, de dois anos. Mas são lembrados.

— Isso aqui não aguenta 20 dias — disse Waldir Maranhão a um colega da Mesa da Câmara, logo que foi proclamado o resultado do Conselho de Ética, sobre o comando da Câmara, reconhecendo que haverá nova eleição e ele não ficará no cargo.

Partidos como o PSDB e o DEM, além de muitos peemedebistas, tentam articular um nome para enfrentar o candidato do “Centrão”. E, neste movimento, tentam atrair partidos que hoje estão na oposição, como PT e PC do B. Petistas, por enquanto, reagem à ideia de se aliarem contra candidato do centrão. “Eles se juntaram ao centrão para nos derrubar, mas agora querem nosso apoio para derrotar o mesmo centrão”, disse um petista

As articulações na Câmara vão se intensificar nos próximos dias, mas há um temor rondando a cabeça de muita gente: a possibilidade de Cunha, depois de cassado, aderir ao programa de delação premiada.

— Esta, sim, seria a delação de todas as delações. Aí, não ficaria pedra sobre pedra — comparou um deputado.

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