por Denise Rothenburg »
Cunha no STF
As decisões de Teori Zavascki sobre desmembramento de processos indicam que ele fará tudo para manter o caso de Eduardo Cunha na esfera do Supremo Tribunal Federal, sem descer o processo para a primeira instância, ainda que o presidente afastado da Câmara venha a perder o foro privilegiado. Há um consenso entre aliados de Cunha que, em breve, se perder o foro, ele pedirá que seu caso siga para a primeira instância, não necessariamente, Sérgio Moro, mas sim, Rio de Janeiro, como já foi levantado por advogados de Cláudia Cruz, onde o deputado tem seu domicílio eleitoral e político. Há quem esteja de olho nisso e lutando para que não ocorra.
De volta à Embratur
No Planalto, a volta de Vinícius Lummertz à Embratur é apresentada como favas contadas. Falta apenas a formalização. A ideia é contemplar a bancada do PMDB de Santa Catarina.
Enquanto isso, em Minas…
Não há consenso entre os deputados mineiros sobre quem deve ser o ministro do Turismo. Leonardo Quintão e Newton Cardoso Júnior guerreiam nos bastidores pela vaga. Agora, pra completar, Mauro Lopes, aquele foi titular da Aviação Civil de Dilma Rousseff, corre por fora. No popular, a bancada é tratada em rodinha de deputados como a “bancada haja neos”. Haja neosaldina para curar a dor de cabeça que eles darão ao presidente em exercício, Michel Temer.
Vejam bem…
As reuniões do ministro Eliseu Padilha com o comitê de mudanças na Previdência têm sido um exercício de paciência por parte do governo, a fim de convencer os interlocutores de que ou tem reforma, ou, daqui a pouco, ninguém vai receber por falta de recursos. Ou seja, melhor reformar logo, ainda que o processo seja doloroso.
Rosso, o preferido
No Planalto, o nome do deputado Rogério Rosso aparece como o mais indicado para omandato tampão de presidente da Casa, depois da cassação de Eduardo Cunha. Isso porque há uma avaliação de que ele soube transitar bem entre todos os partidos na polêmica comissão do impeachment na Câmara. “Fico lisonjeado, mas o momento não é de candidatos. É de quem reunir mais condições dentro da base”, diz ele.
O nome da hora
Nelson Mello, da Hypermarcas, é a delação do momento. De Eduardo Cunha a Renan Calheiros, todos estão irados.
Signos políticos I/ O presidente em exercício, Michel Temer, não tem deixado passar em branco os gestos políticos. O líder do PPS, Rubens Bueno (foto), convidado para ir com ele ao Paraná, terminou com o convite embolado no emaranhado de e-mails que recebe diariamente e não respondeu. Acho que não tinha sido convidado. Na segunda, 22h30, Temer telefonou: “Quero muto que você vá comigo no avião”.
Signos políticos II/ No avião, o deputado Alfredo Kaeffer ficou um pouco distante do grupo por causa da cadeira especial. O presidente fez questão de se sentar com ele para dois dedo de prosa.
Em solo I/ Todos os pesos pesados da Klabin, que inaugurou ontem a fábrica no Paraná, fizeram questão de receber o presidente Temer. Até o patriarca, Israel Klabin, de 91 anos.
Em solo II/ Já no arraial do senador Wilder, no fim de semana, onde o presidente ficou por cerca de uma hora, não correu tudo nos conformes. Foi tanta gente subindo no pequeno tablado montado para apresentação de artistas, que a estrutura cedeu. Ninguém ficou ferido.