Reforma política: votação por temas volta a ser defendida

Deputado Indio da Costa (RJ) - Foto: Cláudio Araújo

Deputado Indio da Costa (RJ) – Foto: Cláudio Araújo

Parlamentares da bancada voltaram a defender, nesta terça-feira (28), que a reforma política seja analisada em tópicos. Para eles, que participaram de audiência pública com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, não é fácil encontrar unanimidade na Casa em relação ao assunto. Os congressistas ainda reiteraram a preferência pelo voto majoritário.

O deputado Indio da Costa, vice-líder da legenda, elogiou a apresentação de Temer, que também concordou com a divisão por temas da matéria, e pediu que a participação do vice-presidente não “se extinguisse nesse dia”.

“Estamos colocando o projeto para votar no plenário, a princípio, no dia 27 de maio. Daqui até lá é pouco tempo para a diferença que a gente pode gerar com a reforma política, tanto para o sistema quanto em resposta às ruas, e sua participação é fundamental para buscarmos o consenso e equilíbrio nos diferentes assuntos pertinentes a reforma”, justificou.

Temer manifestou ser favorável ao voto majoritário para a eleição de deputados, sistema conhecido como “distritão”. A regra permite que sejam eleitos somente os candidatos mais votados em cada estado, sem levar em conta os votos no partido. “Quem deve governar sempre é a maioria representativa do povo”, afirmou.

“Com a explanação do vice-presidente estou convencido de que o voto majoritário é o melhor caminho”, afirmou o deputado Herculano Passos (SP), também vice-líder do partido. “A população fica muito contrariada quando um candidato que tem mais de cem mil votos não é eleito e um com poucos votos ocupa uma vaga na Câmara.”

O deputado Diego Andrade (MG) defendeu regras simples e efetivas. “Como podemos trazer o brasileiro para um jogo no qual ele não conhece as regras? Acredito que mais de 90% da sociedade não entende o coeficiente eleitoral. Não sabe a matemática que o sujeito faz para ser eleito com menos votos e o outro com mais. Defendo que se o candidato não tem voto, não tem que vir para essa Casa.”

Jaque Bassetto

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