Parlamentares questionam Jorge Hage em CPI da Petrobras

Deputado Delegado Éder Mauro (PA) - Fotos: Cláudio Araújo

Deputado Delegado Éder Mauro (PA) – Fotos: Cláudio Araújo

Os deputados Silas Câmara (AM) e Delegado Éder Mauro (PA) questionaram, ontem (7), o ex-ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage Sobrinho durante audiência pública na CPI da Petrobras.

Para Éder Mauro é importante chegar, o mais rápido possível, à verdade dos fatos. “Se faz necessário punir os envolvidos que geraram, por meio da Petrobras, um rombo tão grande para o povo brasileiro. A punição é importante não só pelo prejuízo causado à empresa, mas também pelo desvio de valores”, afirmou.

O parlamentar perguntou ao ex-ministro se, durante as investigações da Controladoria, o nome de algum parlamentar havia sido mencionado. Jorge Hage foi categórico e afirmou que nenhum deputado foi citado.

Deputado Silas Câmara (AM)

Deputado Silas Câmara (AM)

A contratação de empresas sem licitação pela Petrobras também foi abordada. Silas Câmara questionou sobre as possíveis vantagens que a estatal pode ter conseguido ao contratar provisoriamente fornecedores e prestadores de serviço. “Ao organizar uma licitação, escolher um vencedor e contratar outro, alguma vantagem deve existir, não?”

Hage afirmou não ter conhecimento específico sobre casos desse tipo e que, por isso, não teria como opinar. Ressaltou, no entanto, que em tese, ficam evidentes a existência de irregularidades.

Para Silas Câmara, as explicações dadas pelo ex-ministro foram de extrema importância para a comissão. “Cabe a esta CPI tentar mostrar novos caminhos e evitar que no futuro não aconteça uma situação tão vexatória como a que a Petrobras imputou aos acionistas e a todos os brasileiros.”

O ex-ministro Jorge Hage foi convocado pela CPI para explicar as investigações da CGU sobre as suspeitas de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore – conforme denúncia do advogado inglês Jonathan Taylor. O objetivo da CPI é investigar a prática de atos ilícitos e irregulares no âmbito da estatal entre os anos de 2005 e 2015.

Bruna Marques

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