“Ninguém pode deixar de ser atendido”, diz Francisco Júnior sobre auxílio do governo

Deputado é relator da comissão mista de combate à Covid-19; (Foto: Cláudio Araújo)

A Caixa Econômica Federal deve finalizar esta semana o pagamento da primeira parcela do auxílio de R$ 600 aos brasileiros que tiveram direito ao benefício. Por se tratar de um programa amplo e que tem gerado muitas dúvidas, parlamentares questionam quais critérios estão sendo adotados e pedem mais agilidade no processo. O deputado Francisco Júnior (GO), relator da comissão mista que acompanha as medidas de enfrentamento à Covid-19, participou de reunião remota com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, para tratar do assunto.

“Não podemos falar só em números. A vida tem um preço incalculável. Temos que perseguir a perfeição neste momento, já que ninguém pode deixar de ser atendido. Percebemos o tempo recorde que o governo conseguiu colocar o programa nas ruas, mas acredito que ainda há muito que melhorar. Há quem diga que os recursos não estão chegando lá na ponta, ou denúncias de pessoas mais necessitadas não estão recebendo o auxílio e outras sim. Questiono se todos os requisitos [para receber o auxílio] são mesmos necessários ou é possível simplificá-los?”, disse Francisco Júnior.

Em resposta ao deputado, Lorenzoni e técnicos do ministério afirmaram que existe um cruzamento de dados pessoais dos cidadãos que permite saber se, de fato, ele pode ser um beneficiário. “Sempre há uma denúncia ou outra, e todo dia é um desafio para a nossa equipe. Tudo é identificado, agrupado, e então abrimos novas demandas de análises para que todos tenham acesso a este recurso.”

O deputado voltou a lembrar da necessidade de o governo dar mais celeridade no pagamento da segunda parcela do auxílio financeiro. “Vivemos a segunda onda dos necessitados. Os R$ 600 acabaram e a fome voltou. Vejo muita movimentação social, igrejas sendo procuradas. Para nossa sorte, o povo brasileiro é muito solidário.”

Idosos

Francisco Júnior também demonstrou muita preocupação com a saúde dos idosos. Ao ministro, ele questionou o que o governo tem feito com relação às instituições e lares de longa permanência, já que muitas mortes no país também aconteceram dentro destes espaços.

“Também é necessário garantir que os recursos cheguem para os estados e municípios. As pessoas que cuidam destes idosos precisam de atenção especial, já que eles têm uma vida lá fora e voltam para suas casas. Diante disso, pergunto ao ministro o que está sendo feito com relação a isso?

Lorenzoni garantiu que todas as 1913 instituições de longa permanência espalhadas pelo país terão apoio do governo. “Os Equipamentos de Proteção Individual [EPIs] e recursos para a compra de alimento chegarão por meio do Sistema Único de Assistência Social. Já as prefeituras também poderão redirecionar verba e treinamento para estes profissionais que lidam no dia a dia com os idosos”, disse Onyx.

Renan Bortoletto

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