Navegar na diversão virtual da internet, enveredar-se pelas redes sociais, dedicar-se a longas disputas em videogames, zanzar pelo shopping… Cada vez mais, o mundo moderno absorve crianças e adolescentes com atrativos de fácil acesso. Cada vez menos, se desfruta do lazer em família. Do tipo que une pais e filhos. Daquele que valoriza a proximidade, faz compartilhar as risadas, dá prazer à convivência, incentiva o diálogo, em que se ensina e se aprende.
Não se trata de questionar as vantagens da modernidade e nem de podar novidades da era cibernética. O que há é a urgência de reflexão. Nada que exagera ou exclui pode ser ideal. O desafio é buscar equilíbrio entre os encantos do mundo contemporâneo e as atividades imprescindíveis à preservação dos reais valores da humanidade.
Quando impera a regra do “cada um na sua”, a família deixa de ser família. Perde-se no abismo da distância. A ruptura mina a sociedade com o individualismo, a falência de valores morais e a perda de referências sobre o significado do convívio social. Desaparece a história. Acabam-se as tradições. A cultura empobrece. A alma murcha.
Neste feriado de 12 de Outubro, peço aos pais para que conquistem um pouco mais e melhor seus filhos. Principalmente, se ainda são crianças ou adolescentes. A evolução de um povo começa em casa, com diálogo, sinergia de valores, percepção das emoções, gestão dos conflitos. E isso depende da interação familiar – alicerce de uma sociedade justa, solidária, cidadã.
Lembrem-se de que ignorar, constranger, falar mal, negligenciar, humilhar, superproteger, tudo isto é violência. Queridos pais: assumam, efetivamente, o papel que lhes cabe na construção de um mundo melhor. Ensinem o que é certo e errado, recuperem valores morais adormecidos, eduquem. Os professores não têm como fazer isto por vocês. Deem as suas crianças um presente para toda vida!
Significa dar carinho, dialogar, investir no bem-estar emocional de quem mora com vocês. É neste ambiente que se consolidam princípios éticos e o bom caráter. Também é em casa que o ser humano começa sua relação com Deus. Independe da religião. O essencial é a presença de Deus na família. Assim, se aprende a ter fé.
Roguem a Nossa Senhora Aparecida que lhes mostre o caminho para transformar o cotidiano num legítimo Dia da Criança. Com a orientação, o carinho, o respeito, a dignidade e o amor a que seus filhos têm direito. Aproveitem o feriado em família! Com a força da fé e a pureza da alegria infantil que vive em cada um. Feliz 12 de Outubro – Dia da Criança, Dia da Padroeira do Brasil!
*Junji Abe é deputado federal pelo PSD-SP