Da tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (20), o deputado Jefferson Campos (SP) denunciou que, por meio da internet, site vende drogas e ainda movimenta cerca de R$ 2,4 milhões por mês.
“Confesso que já não me surpreendo quando leio sobre as peripécias e as artimanhas que são praticadas, não só por traficantes como também consumidores de drogas. Mas fiquei consternado em reparar que a maquinação bandida vai bem além do que podemos pensar ou imaginar”, disse o deputado paulista.
Campos informou que no site Silk Road é realizado todo tipo de comércio, que vai desde a venda de vários tipos de drogas, passando por joias falsas, remédios controlados, equipamentos para hacking até pacotes de conteúdos pornográficos.
“Tudo acontece numa zona virtual chamada deep web, ou, internet profunda, para a qual só é possível o acesso utilizando um browser de navegação anônima chamado Tor (The Onion Router), rede que procura garantir o anonimato tanto de sites quanto de usuários”.
Ainda segundo Campos, “é na deep web, por exemplo, que fica boa parte da pornografia infantil. Nela, os sites têm endereços cifrados e não podem ser encontrados por mecanismos de busca tradicionais, como o Google, por exemplo”.
Por estar alocado na deep web, de acordo com a denúncia feita pelo deputado, não foi possível tirar o Silk Road do ar. A maconha é um dos principais itens de venda. A maioria dos vendedores comercializa poucos tipos de produtos e as entregas são feitas pelo correio.
“Aqui no Brasil, há quem se utilize das facilidades deste site, comprando drogas pela internet, recebendo pelo correio, em embalagens lacradas e disfarçadas até em cartões de aniversário”, relacionou.
E concluiu: “Com relação ao tráfico virtual creio que precisamos combatê-lo com mais veemência, a fim de extirparmos este grande mal do meio de nossas famílias”.
Da Redação