Deputados debatem programa de incentivo à indústria automobilística

Deputado Silas Câmara (AM) - Foto: Cláudio Araújo

O deputado Arolde de Oliveira (RJ) defendeu investimentos em tecnologias menos poluentes para montagem de automóveis. O parlamentar citou como exemplo a troca do motor de combustão por mecanismos de baixa poluição. “Hoje, o mundo busca sustentabilidade ambiental e por isso temos que criar motores que estejam em sintonia com esse novo movimento. Motores híbridos que podem utilizar fluídos ou energia elétrica”, justificou.

O assunto foi levantado durante audiência pública, nessa quarta-feira (28), que debateu os investimentos em inovação tecnológica para o setor automobilístico com foco no Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

O deputado Júlio César (PI) salientou sua preocupação com a baixa exportação de veículos. Segundo ele, o Brasil já exportou mais de 700 mil automóveis e atualmente exporta pouco mais de 400 mil, devido aos altos custos de produção. O parlamentar acredita que o Programa Inovar-Auto poderá fomentar a exportação. “Na medida em que você diminui o custo e aumenta a tecnologia do carro, ele passa a ser mais competitivo no mercado interno e externo, podendo alavancar as exportações e contribuir para o equilíbrio da balança comercial”, afirmou.

O deputado Silas Câmara (AM) apontou a necessidade de reciclagem dos veículos que não possuem mais condições de rodar. Ele destacou que hoje os proprietários acabam abandonando seus carros em qualquer lugar e adquirindo novos. “Precisamos criar condições para que os veículos em decomposição ou em má estado de conservação possam ser devolvidos ao estado ou as indústrias para serem desmontados e transformados em matéria-prima reciclável”, explicou.

O programa Inovar-Auto tem o objetivo de criar condições de competitividade entre as empresas e incentivar a fabricação de veículos mais econômicos e seguros. Para participar, as empresas precisam comprometer-se com uma série de metas para receber, em contrapartida, a redução de tributos. Entre as principais diretrizes do programa, estão a redução do consumo médio de combustível e a comprovação de investimento em pesquisa, particularmente na questão de itens de segurança.

Jaque Bassetto

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