Correio Braziliense | Brasília-DF

Denise Rothenburg

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Centrão quer ser PFL

Em 1994, quando o PT virou as costas para o governo no pós-impeachment do então presidente Fernando Collor, o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, aprovou as primeiras medidas do Plano Real graças ao apoio recebido do PFL. O Centrão tenta traçar o mesmo plano com o gesto em defesa do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A aproximação do PFL terminou por afastar de vez o PT do PSDB. O Centrão espera que o seu movimento estanque o crescimento do PSDB dentro do governo de Michel Temer.

A jogada ensaiada, entretanto, tende a não ter o mesmo efeito no quesito aprovação das medidas. Primeiramente, o PFL era um partido com comando, algo que o Centrão não tem, uma vez que é hoje um conglomerado, com partidos de interesses e diversos. O primeiro teste desse agrupamento será a presidência da Câmara, onde a unidade em torno de um único candidato ainda é sonho de uma noite de verão.

Yunes e o foro

O pedido de demissão do advogado José Yunes da assessoria especial de Michel Temer tem um objetivo claro de evitar um pedido de prisão ou condução coercitiva dentro do Palácio do Planalto. Afinal, conforme antecipou a coluna no domingo, ele era o elo mais frágil, por não ter foro privilegiado e, portanto, estar exposto ao modus operandi do juiz Sérgio Moro que, “primeiro prende, depois ouve”, avaliam os aliados de Temer.

Fratura exposta

A ordem de Renan Calheiros para votar o abuso de autoridade ainda ontem promete agravar a divisão na base do presidente Michel Temer no Senado. Os tucanos passaram a tarde falando mal do texto: “É preciso acabar com essa história de vingança. Um poder espingardiando um ao outro não dá. Eu não voto esse projeto”, dizia o senador José Aníbal (PSDB-SP).

Janeiro de mudanças

Que ninguém estranhe se o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, deixar o PSB e se filiar ao PMDB. Será a forma de continuar na equipe de Temer, depois que os socialistas baterem o martelo sobre a saída do governo.

Rosso no CB.Poder

Em entrevista ao vivo no programa CB.Poder, da TV Brasília, o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (foto), defendeu o teto de salários no serviço público. E ainda algo que possa representar cobrança de produtividade ao funcionalismo. Assista no site www.correiobraziliense.com.br

Curtidas De bandeja/ Já passava das 17h, quando um assessor do senador Roberto Requião (PMDB-PR) passou na sala de café dos senadores distribuindo o parecer final do sobre o projeto da lei de abuso de autoridade. Ali, todos tiveram a certeza de que Renan não estava brincando ao dizer que o texto passaria “agora ou nunca”.

Enquanto isso, no corredor…/ Em frente à entrada do plenário, as senadoras Gleisi Hoffmann, Vanessa Graziotin, Lídice da Mata, Kátia Abreu e ainda o senador Lindbergh Farias gravaram um vídeo para transmitir os parabéns pela passagem do aniversário de 69 anos da ex-presidente Dilma Rousseff ontem., … a hora das homenagens/ O vídeo foi a terceira homenagem da semana. As duas outras foram um jantar oferecido pela senadora Kátia Abreu à ex-chefe na última segunda-feira e uma mensagem gravada no site do PT, que, nos tempos de presidência, fazia festa para enaltecer a data.

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