Stephanes defende revitalização da ferrovia Ferro-Oeste entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá

O deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PSD-PR) defende a criação de um plano de transporte ferroviário que contemple as necessidades futuras do Brasil para o escoamento da produção agropecuária.

“É preciso raciocinar já considerando quais serão as características que precisarão ser contempladas daqui a 15, 20 anos”, afirmou Stephanes durante a audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para discutir o impacto econômico que a ampliação da Ferrovia Norte-Sul poderá provocar na Região Sul do país.

Para o deputado, essa preocupação se justifica em função da capacidade produtiva brasileira, que deve dobrar em 20 anos, e do fato de que qualquer projeto que começa a ser discutido no momento tem um horizonte em torno de dez anos para ser viabilizado até serem concluídos os estudos de viabilidade técnica e econômica, bem como da aquisição de todas as licenças ambientais necessárias.

Stephanes lembra que o custo do transporte brasileiro é três vezes maior que o de países como os Estados Unidos ou Argentina, o que gera problemas sérios de competitividade. Segundo ele, a situação só não é pior porque o mercado mundial está extremamente aquecido e acaba por favorecer a exportação.

Ainda segundo o deputado, mais que a ampliação da Ferrovia Norte-Sul, o Paraná precisa da revitalização do trecho da ferrovia Ferro-Oeste entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá. “O porto é responsável pela saída da maior parte da produção de grãos do país, bem como pela entrada de pelo menos 70% dos fertilizantes utilizados para o plantio e precisa ter sua importância valorizada, melhorando sua infraestrutura e logística”, ressaltou.

Stephanes lembra ainda que nenhuma das soluções discutidas até o momento aborda uma das questões mais básicas no caso do estado do Paraná que é a interligação das cidades do interior ao Porto de Paranaguá. “Trata-se de um assunto vital que por enquanto está totalmente fora da pauta”, conclui.

De acordo com o diretor de Planejamento da Valec – empresa responsável pela realização dos estudos de viabilidade técnica, ambiental e financeira da obra de ampliação da Ferrovia Norte-Sul – Josias Sampaio Cavalcanti Júnior, será necessário cerca de um ano e meio para concluir os estudos que terão início entre o final de outubro e início de novembro deste ano. Assim, as obras só teriam início em meados de 2014 para os trechos entre as cidades de Panorama (SP) e Chapecó (SP) e entre Chapecó e o porto de Rio Grande (RS).

Raquel Sacheto
Assessoria de imprensa do dep. Reinhold Stephanes

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