Situação das próteses de silicone sob suspeita

Da redação

Foi aprovado, na quarta-feira (14), requerimento do deputado Eleuses Paiva (PSD-SP) que solicita a realização de Audiência Pública para debater a situação das brasileiras que receberam implantes mamários de próteses de silicone das marcas PIP (francesa) e Rofil (holandesa).

Conforme sua justificativa, mais de 12.500 mulheres brasileiras foram implantadas com a prótese PIP, acusada de causar câncer em oito mulheres francesas.

O governo francês recomendou que cerca de 30 mil mulheres com implantes mamários da marca PIP se submetam, “preventivamente e sem urgência”, a uma operação para que as próteses sejam retiradas. No caso das brasileiras, o Sistema Único de Saúde (SUS) se comprometeu a substituir as próteses gratuitamente.

“As próteses dessa marca foram proibidas no mercado mundial no ano passado, após a descoberta de que o silicone fabricado era, na verdade, um produto industrial mais barato e não destinado ao uso médico”, esclareceu o parlamentar.

A Anvisa também tem recebido reclamações sobre a marca de próteses de silicone Rofil, cujo governo holandês já havia proibido a comercialização desde 2010.

“O silicone de baixa qualidade tende a se romper mais cedo que os comuns. Infiltrado em músculos, gânglios linfáticos, nervos e glândulas mamárias, o silicone extravasado leva a inflamações, infecções e nódulos”, concluiu o deputado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *