Plataforma deve abranger todos os produtos, diz Junji

O deputado Junji Abe cumprimenta a senadora Kátia Abreu

Mel Tominaga*

Segundo deputado, sistema lançado pela CNA e Ministério da Agricultura permite maior controle sobre movimentação de rebanhos, com uma única base de dados, e inaugura modelo que deve englobar demais itens agrícolas num futuro próximo

Prevista para entrar em funcionamento dentro de 60 dias, a PGA – Plataforma de Gestão Agropecuária inaugura um modelo de monitoramento que, num futuro próximo, deverá abranger todos os produtos agrícolas, possibilitando o fortalecimento do agronegócio com a adoção de políticas públicas direcionadas à solução dos problemas detectados. Quem avalia é o deputado federal Junji Abe (PSD-SP).

Junji participou, nesta quarta-feira (18/04/2012), do lançamento do PGA. O sistema informatizado, responsável pela unificação dos dados sobre o trânsito do gado no País e integração dos mecanismos de controle, incluindo o sanitário, foi entregue pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil ao Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento.

“Atualmente, só existem informações escassas e dispersas sobre as diferentes cadeias produtivas dos hortifrutiflorigranjeiros em nível nacional, o que prejudica o fortalecimento do setor”, observou Junji. Assinalando que a situação se repete com outros produtos agrícolas, ele apontou que a coleta e sistematização das informações despontam como grande desafio a ser vencido para dimensionar os diversos segmentos. “Estamos iniciando com a carne, mas em breve, poderemos ter a alface, o leite e demais produtos produzidos no Brasil”, concordou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (PSD-TO).

A plataforma possibilitará maior controle sobre a movimentação dos rebanhos, compondo uma única base de dados que evita a duplicidade de informações. O sistema também viabiliza medidas de urgência para lidar com os chamados eventos sanitários, como febre aftosa. “Até então, ocorrências dessa natureza, praticamente, bloqueavam o mercado, em função das dificuldades de se identificar a origem do problema, assim como de tomar ações rápidas para resolvê-lo”, observou o parlamentar.

Com a PGA, todos os estados passam a ter conhecimento antecipado sobre a movimentação do gado, a origem dos animais e o seu destino. Hoje, cada um faz a gestão dessas informações, utilizando sistemas diferentes. Em alguns, o processo ainda é manual. “O maior beneficiado com isso é o consumidor, que vai ter informações fidedignas em tempo real da procedência daquilo que compra”, afirmou a presidente da CNA.

De acordo com Kátia Abreu, a atualização do sistema será feita por todos os envolvidos no processo, como produtores, órgãos de fiscalização e laboratórios. A fiscalização ocorrerá por amostragem, com auditorias.

A princípio, a ferramenta englobará o controle online do trânsito de todos os animais do País. Nessa primeira etapa, as GTAs – Guias de Trânsito Animal emitidas pelos estados deixarão de ser preenchidas manualmente e passarão a ser feitas por meio eletrônico. Todas as informações referentes ao rebanho brasileiro serão centralizadas no Ministério da Agricultura, garantindo agilidade no processo de elaboração de políticas de apoio ao setor e a interrupção do trânsito de bovinos entre regiões e estados, no caso de problemas sanitários.

Na sequência, a nova PGA passará a abranger o monitoramento da movimentação dos rebanhos, a gestão de normas para exportação de produtos de origem animal e o bloqueio no caso de eventos sanitários. Abrigará outros dois módulos que serão lançados até o final deste ano. Tratam-se do Sisbov – Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos e do Sigsif – Sistema de Informações Gerenciais do Sistema de Inspeção Federal.

Empolgado com a plataforma, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, classificou o novo mecanismo de gestão como a garantia de que as informações serão organizadas e têm credibilidade. “Precisamos da máxima clareza de que está tudo certo”, disse ele, evidenciando as vantagens da PGA no aproveitamento do potencial do País e na oferta de segurança ao consumidor.

O acordo de cooperação que permitiu o desenvolvimento de programas e sistemas voltados para o setor pecuário foi formalizado pela CNA e Ministério da Agricultura em outubro de 2009.  As diretrizes da PGA vêm sendo apresentadas também aos países importadores de carne brasileira. “As exportações brasileiras de carne cresceram quase 300% nos últimos 20 anos e temos condições de produzir mais, de forma sustentável, e de ganhar novos mercados. Para isso, precisamos de um sistema moderno e ágil”, argumentou Kátia Abreu.

Na avaliação de Junji, a recém-lançada PGA proporcionará ao País as condições necessárias para consolidar sua posição de destaque como produtor e de expoente no comércio internacional de carne bovina. O Brasil foi o maior exportador de carne bovina em 2011, com 1,4 milhão de toneladas equivalente carcaça, e o segundo maior produtor mundial, com 9,2 milhões de toneladas equivalente carcaça. Os dados são da Secex – Secretaria de Comércio Exterior do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

*Assessora de imprensa do dep. Junji Abe

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