Fábio Faria cobra ações previstas no programa de combate ao crack

Deputado Fábio Faria (RN) - Foto: Gustavo Lima

O Brasil é o maior mercado consumidor de crack no mundo e já ocupa a segunda colocação no ranking de consumo de cocaína. Esses dados, constatados pela Universidade de São Paulo, foram recentemente confirmados pela Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa, divulgada há duas semanas, revela que o Brasil contabiliza 370 mil usuários regulares de crack. Desse total, a maior parte, cerca de 150 mil consumidores, está na região Nordeste.

A disseminação do crack, que se caracteriza por ser uma droga barata, de fácil acesso e com poder de destruição moral e físico, foi tema, na quarta-feira (25), de discurso do segundo vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Faria (RN), que, desde 2009, preside a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack. Ele cobrou do governo federal o investimento prometido no lançamento do programa Crack, é possível vencer.

“Essas pesquisas alertam para o caminho perigoso que estamos seguindo. Enquanto no resto do mundo o consumo cai, no Brasil só constatamos o aumento de usuários de drogas. O governo federal anunciou investimentos de mais de R$ 4 bilhões para garantir uma rede de assistência capaz de atender viciados em crack, mas depois do lançamento quase nada foi feito”, alertou o parlamentar.

Fábio Faria usou como exemplo a parceria que deveria ser firmada entre o governo federal e comunidades terapêuticas, mantidas por instituições sem fins lucrativos, como igrejas e associações. Segundo ele, para ampliar a rede de acolhimento, o governo federal reservou cerca de R$ 132 milhões para serem investidos em 2012, mas nada foi repassado a essas entidades a fim de subsidiar os custos com os internos. “Em 2013, o quadro se repete com apenas 21% dos recursos empenhados e apenas 0,02% de fato repassados”.

O deputado também lembrou que o trabalho realizado pela Frente Parlamentar e pela comissão especial, criada para estudar esse tema, constatou que o combate efetivo às drogas depende de uma ação integrada que vá da repressão ao atendimento e reinserção social do dependente químico.

Da Assessoria

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