Autor da Lei Seca, Hugo Leal apoia uso de ‘drogômetro’

O deputado federal Hugo Leal, autor da Lei Seca, elogiou a iniciativa do governo de implantar os ”drogômetros“, aparelhos capazes de identificar se o motorista utilizou maconha, cocaína, ecstasy e outros entorpecentes. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou que quatro aparelhos com tecnologia estrangeira estão sendo considerados em um estudo desenvolvido pelo órgão.

Deputado federal Hugo Leal (RJ). Foto: Cláudio Araújo.

“A legislação já pune quem dirige sob efeito de álcool mas também de qualquer outro substância psicoativa; portanto, não é preciso mudar a lei. Faltam aparelhos testados e aprovados pelos órgãos competentes como já existem em outros países”, afirmou Hugo Leal, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, em entrevista.

Em outros países, como Austrália e Estados Unidos, a detecção se o motorista está ou não dirigindo sob efeito de drogas, é feita através da saliva. Ao ser abordado, o condutor coloca o cotonete na boca para colher a amostra. O material, então, é colocado em contato com um reagente, em tira de papel, que indica a presença ou não da droga.

Cada droga é testada em uma região do papel, indicando resultado positivo ou negativo para cada uma delas. “É algo que dura em torno de dois ou três minutos. É um avanço que vai salvar vidas”, assegurou o deputado Hugo Leal.

O parlamentar lembra o impacto positivo nas estradas com o exame toxicológico, o chamado teste do cabelo, que passou a ser exigido para a renovação da carteira de motorista para motoristas de veículos pesados como caminhões e ônibus.

“Há três anos, temos o teste para detectar, através dos fios de cabelo, se os motoristas que buscam renovação de Habilitação nas categorias C, D e E, fizeram uso de droga nos últimos 90 dias. É o chamado exame toxicológico de larga janela. O que se pretende com o drogômetro é o exame toxicológico de curta janela, com detecção instantânea”, explicou, acrescentando o exame toxicológico resultou numa redução do número de acidentes nas rodovias.

Os estudos sobre a eficiência dos aparelhos (‘drogômetros’) estão sendo feitos desde 2016, numa parceria entre o Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, sediado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Dos quatro aparelhos testados, três deles tiveram desempenho superior a oito nas análises, atendendo assim recomendações das normas internacionais.

Em dezembro, os resultados de pesquisa em Porto Alegre foram divulgados à comunidade científica, revelando que 20,1% (praticamente um em cada cinco) dos motoristas que toparam participar do teste tiveram detectado o uso de substâncias psicoativas, que não o álcool. A coleta de fluido oral levou em média 2 minutos e 38 segundos, e a análise do material, 5 minutos e 47 segundos.

Assessoria de comunicação do deputado

 

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